domingo, 17 de fevereiro de 2013

MUSEU DO TEATRO MUNICIPAL




Em tempos de chuva, uma tarde ou manhã no museu é garantia de passeio tranqüilo e divertido. De quebra, aprende-se muito. Sob o Viaduto do Chá há, por enquanto, duas instituições fundamentais para a vida cultural de São Paulo: a Escola Municipal de Bailados e o Museu do Theatro Municipal. Por enquanto, pois logo estarão em outro espaço, em construção, no Vale do Anhangabaú. Uma dica para o final de semana: conhecer ou visitar o Museu do Theatro Municipal.


A atual exposição, “Museu do Theatro Municipal Ícone e Memória”, possibilita uma ampla viagem. Há a lembrança de eventos como a “Semana de 1922” e de grandes montagens e apresentações marcantes de companhias nacionais e estrangeiras. A mostra evidencia, através de painéis e de objetos pertinentes ao universo do espetáculo cênico, a história da cultura paulistana pelos mais de 100 anos da história do principal teatro da cidade.
As visitas ao museu podem ser feitas de terça a domingo, das 10h às 18h e o espaço ainda oferece a oportunidade para pesquisadores, de terça a sexta, das 10h às 17h. Procurei sintetizar em imagens os principais itens da exposição em cartaz. Um estímulo e um convite para este mês de férias.
Começando pela música, forma artística primordial na história do Theatro Municipal. A ópera é reverenciada com fotos dos principais cantores líricos que se apresentaram no palco do Municipal. Também maestros, instrumentistas diversos, orquestras e cantores de jazz estão presentes.

Uma síntese dos principais itens pertinentes à ópera pode ser lida, em pequeno glossário exposto. Há também grandes vitrines com croquis de vestuários feitos especialmente para as montagens da casa; além das próprias peças confeccionadas, há  adereços diversos que evidenciam o trabalho cuidadoso de profissionais que atuam nos bastidores dos grandes espetáculos.
De um espetáculo teatral, uma ópera ou um balé participam iluminadores, engenheiros de som, arquitetos e cenógrafos, além de muitos outros, conforme a necessidade da montagem em questão. Assim, outros grandes expoentes da arte brasileira estão presentes, como exemplo, nas maquetes que estão na exposição: as cores empregadas pelo cenógrafo Carlos Jacchieri, na ópera Werther, de Massenet, contrastam com a obra limpa da pintora Tomie Othake, descrita abaixo.

O balé é outra forma com participação marcante na história do Municipal. A Escola Municipal de bailados surgiu para garantir a presença de bailarinos acompanhando os espetáculos de grandes estrelas. Hoje, o Municipal tem corpo estável de baile, ou seja, companhias com vida própria, trabalho criativo. Pelo palco paulistano passaram as maiores estrelas do balé mundial.

Vitrines com os principais cartazes criados para os eventos produzidos, ou apresentados no Municipal permitem a avaliação dos avanços e das transformações do design nos últimos cem anos. Nestes também a presença de trabalhos realizados por grandes artistas gráficos ou outros, pintores, que deixaram seu talento registrado em produções do Theatro Municipal.



Finalmente, mas não menos importante, o teatro em si. A exposição “Museu do Theatro Municipal Ícone e Memória” reverencia os maiores nomes do teatro brasileiro. Procópio Ferreira, Itália Fausta, Fernanda Montenegro, Paulo Autran e Maria Della Costa estão entre os grandes ícones do teatro brasileiro. Há lembranças da passagem de astros estrangeiros como Vivien Leigh, que prestigiaram o palco da cidade.

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