A Praça Júlio Mesquita, localizada na Avenida São João, finalmente tem um bom motivo para voltar a ser visitada. A recuperação da Fonte Monumental trouxe de volta à vida ao local, que há muito tempo havia deixado de ser frequentada por turistas, famílias e até por muitos de seus moradores vizinhos, assustados não só com o triste abandono da obra Nicolina Vaz, mas também com o risco de assaltos e a sempre enorme quantidade de lixo deixada pelo local.
A recuperação levou vários meses e trouxe de volta o brilho que esta região possuía na primeira metade do século 20. A pressão do site São Paulo Antiga, através de suas reportagens e denúncias contra o descaso ante este que é um dos mais belo monumentos da Cidade de São Paulo, foi fundamental para a recuperação da obra. Em 2009, moradores do entorno da praça procuraram o site São Paulo Antiga para denunciar uma pichação no mármore da fonte, que a prefeitura estava negligenciando. Após nossa reportagem visitar o local, a prefeitura removeu a pichação.
O restauro trouxe também de volta as famosas lagostas que adornavam o monumento originalmente , mas que haviam sido retiradas após um furto.
A polêmica vidraça:
O ponte de maior discussão no restauro da Fonte Monumental é a polêmica vidraça que envolve o monumento. Apesar de protegê-la contra atos de vandalismo e eventuais roubos, a vidraça é um atestado de incompetência do poder público em proteger seus monumentos. Se o restauro foi feito com méritos, a vidraça escancara aos olhos de cidadãos e turistas a falência do Estado na proteção de nossas obras de arte espalhadas pela cidade.
Não podemos aceitar que nossos esculturas estejam aprisionadas e a população privada de um contato mais próximo com os monumentos públicos. Neste primeiro momento, talvez seja necessário manter a “cerca” mas gostaríamos de vê-la livre desta vergonhosa muralha transparente. Será que passado o calor da inauguração este vidro será limpado com frequência ? Iremos acompanhar.
O restauro da Fonte Monumental é um importante passo para a revitalização do combalido centro de São Paulo.
FONTE: SÃO PAULO ANTIGA
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